Maia diz que não há espaço para aumento de impostos no país e defende aprovação da reforma tributária
2 de maio de 2023
NotíciasO Senado realizou na última quinta-feira, 27/05, uma sessão para debater a taxa básica de juros (Selic), inflação e crescimento econômico com presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra do planejamento, Simone Tebet e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O setor financeiro foi representado pelo Diretor-Presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney.
Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a queda da taxa de juros e o controle da inflação são medidas necessárias para a melhoria das condições de vida da população. “É simples perceber que uma taxa de juros alta prejudica o consumo e o crescimento econômico, configurando entrave ao desenvolvimento nacional, à erradicação da pobreza e da marginalização, e à redução das desigualdades sociais e regionais”, destacou.
Setor financeiro
O ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, avaliou que hoje não há mais espaço para aumento da carga tributária no Brasil para equacionar as contas do governo. Maia elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por mostrar coragem “para enfrentar temas difíceis” e mencionou que a impossibilidade de aumento de impostos amplifica os desafios do governo.
Rodrigo Maia mencionou o teto de gastos públicos, aprovado na sua gestão à frente da Câmara, cuja regra substituta está em discussão no Legislativo. “A decisão do teto de gastos foi exclusivamente uma decisão política do Congresso Nacional que não aceitava aumento de carga tributária”, declarou ele. A impossibilidade de aumentar impostos, de acordo com o ex-presidente da Câmara, aumenta o desafio do governo.
Para Maia, com a aprovação do texto da reforma tributária será possível prever a retomada do crescimento da economia. “Esse projeto, sim, foca objetivamente num grave problema, que é o contencioso tributário e o custo de administração das empresas”, afirma. O presidente da CNF defendeu ainda que o governo estimule o setor privado a investir no país e a gerar empregos. E acrescentou que a indústria financeira está pronta para ajudar em todas as frentes possíveis. “Toda indústria financeira está pronta e preparada para ajudar nesses debates e entender onde estão os problemas, por que o mercado de leasing acabou no Brasil, como faz para retomar, como é possível melhorar o spread bancário, as distorções do mercado de cartão. Todos os temas que passam pelo setor financeiro é, óbvio, que estamos dispostos a contribuir”, disse.
FEBRABAN
Na visão do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes de Ferreira, o crescimento sustentável do Brasil precisa vir a partir, especialmente, de melhores condições no ambiente de negócios. Para ele, a realidade de juros altos “são claro sinal de que nós temos uma anomalia estrutural da economia”. Ele defendeu como caminho para reverter esse cenário o equilíbrio fiscal com uma dívida pública sob controle e uma carga tributária moderada.
“Quando nós não temos equilíbrio fiscal, a sociedade acaba pagando um preço muito alto e nós, então, temos a elevação de impostos, mais endividamento e mais emissão de moeda. Isso tudo retroalimenta a inflação e inibe o crescimento. Quando nós temos uma carga excessiva de impostos, e o Brasil tem, nós temos uma asfixia do setor privado para as empresas, para as famílias e isso tem impacto sobre os preços e também acaba gerando mais inflação. Quando nós temos um alto endividamento, isso faz com que também a economia se torne frágil.
Fonte: Assessoria com Agências
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