Aversão a risco aumenta e renda fixa volta a ser destaque

1 de março de 2023

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Ibovespa perde 7,5% em fevereiro, com menor disposição de capital externo

A renda fixa brilhou em fevereiro, enquanto o investidor que se animou com os preços baratos na bolsa viu a sua estratégia frustrada por uma temporada de venda de ações. Sem dinheiro novo do capital externo – combustível que tracionou a renda variável ao longo de 2022 e em janeiro -, ativos considerados mais conservadores atrelados a juros se provaram um melhor destino.

No ranking do mês, a liderança ficou com os títulos públicos atrelados à inflação, com prazo de até cinco anos, refletidos no IMA-B 5 da Anbima, com valorização de 1,41%, com ganhos de 2,82% no ano. O CDI sem esforço acumula 2,05%. Já o Ibovespa recuou 7,49% em fevereiro, com a conta de 2023 negativa em 4,38%. Pior desempenho teve o índice de “small caps”, de ações de menor capitalização na bolsa, com perda de 10,5% no mês.

Com a percepção de que a Selic ficará parada por mais tempo em 13,75% ao ano, ficou difícil combater a tríade liquidez, retorno e segurança da renda fixa. “Costumo brincar com os americanos da Principal [dona de 100% da Principal Claritas] que nosso maior competidor é o CDI”, diz Ernesto Leme, diretor comercial da asset no Brasil. “Como a maioria das gestoras são fábricas de produtos de alto valor agregado, o setor percebe diretamente na captação o menor apetite por risco. O investidor deve continuar abraçado à renda fixa.”

Informações são do jornal Valor: https://valor.globo.com/financas/noticia/aversao-a-risco-aumenta-e-renda-fixa-volta-a-ser-destaque